Por Thays Almeida
Sem fazer acepção de pessoas nos últimos anos a ansiedade e depressão também conhecida como a “doença do século” tem afetado muitos jovens. É o caso da estudante Amanda Rodrigues, 19 anos, que está se preparando para o ensino superior. “Minha depressão foi causada por estímulos externos, fui criticada na escola quanto ao meu estilo de vida cristã e isso foi me deixando pra baixo em um nível que não conseguia conter”, relata a jovem.
Diagnosticado com dermatite seborreica, o universitário de 20 anos que não quis ser identificado passou por uma situação diferente. “Descobri isso já tem uns oito anos, quando a minha pele começou descascar em vários lugares do meu corpo, no início ninguém sabia ao certo o que era. Fui em busca de uma psicóloga, com intuito de saber se tinha alguma relação com algo emocional e descobri que era ansiedade e estava estimulando cada vez mais a doença, então tive que tratar tanto da dermatite quanto a ansiedade”.
São vários os tipos de atitudes apresentadas pelas pessoas que estão passando por algo, seja a ansiedade ou a depressão, é preciso observar o comportamento daqueles que estão em sua volta, sem distinguir classe social ou faixa etária. Segundo a psicóloga, Amanda Freitas, a observação é importante para ajudar quem esteja passando por esse momento delicado. “Neste momento em que vivemos é preciso cuidar do próximo. Se a pessoa não apresenta caso de ansiedade ou depressão e se sente bem no dia a dia, seu papel não é julgar, mas sim ajudar”.
No mês de setembro, também conhecido como Setembro Amarelo, inúmeras pessoas se mobilizam na campanha nacional de combate ao suicídio, com ações que possuem o objetivo de conscientizar a população sobre o assunto e ajudar os que sofrem de ansiedade e depressão. Neste ano de 2022 a campanha do Setembro Amarelo vem com o tema “A Vida é Melhor Escolha”, e com esse propósito várias faixas com a frase “Toda vida importa, o melhor da vida” foram colocadas em diversos pontos da cidade, com intuito de chamar a atenção da sociedade sobre o assunto.
A profissional da área destaca que os adultos convivem com a doença no seu dia a dia, diante de situações como: o desemprego, acúmulo de atividades, preocupações, estresse e até situações pessoais ou familiares. Pesquisas feitas pela Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) mostram que durante a pandemia houve um aumento de 25 % em casos de ansiedade e depressão e muitos ainda estão em processo de recuperação.
“Principalmente os adolescentes que estão em processo de formação do cérebro e personalidade, saindo de uma fase e entrando em outra, como de jovem para adulto, tendo que fazer muitas escolhas, e se sentido pressionados com as suas escolhas, entre elas a de aderir uma carreira para seguir durante toda a sua vida, ou às vezes não tem o livre arbítrio, sendo obrigados seguir os passos dos pais, esse conjunto de situações acabam gerando alguns transtornos mentais”, explica a psicóloga.
“Esta reportagem foi produzida com apoio do programa Diversidade nas Redações, da Énois, um laboratório de jornalismo que trabalha para fortalecer a diversidade e inclusão no jornalismo brasileiro. Confira as metodologias na Caixa de Ferramentas” (https://caixadiversidade.enoisconteudo.com.br/)