Uma legião de samaritanas
Impúberes demais para serem “genis”,
Humanas demasiadamente para serem “santas”,
Vulneráveis e as vezes más,
Com um pouco de bruxismo,
Um pouco borboletas,
As vezes voando em bandos como albatrozes,
As vezes aves-águias
Numa imensidão azul, roxa, bordô, cinza…
Imaculados numa eterna crisálida,
Metamorfoseando-se longamente como
As libélulas numa visão de 360 graus,
Assexuadas com os feromônios da abelha rainha.
No umbigo bordado com tantas histórias…
De veias abertos para a vida
A camaleoa voraz passeia
Na defesa de sua espécie,
Ora internamente, desafiando um mundo obscuro,
Desnudando a sua essência de mulher,
Do útero as mamas,
Do coração ao cérebro,
Ora externamente,
Lascivas e incisivas,
Exalando os contornos do ser, da silhueta,
Do âmago e do cheiro libidinoso do orgasmo,
Ora expondo-se em pele, corpo e alma…
Linda, liberta, reflexiva, despojada, vulnerável, atrevida…
Feito fênix, pronta para nascer de novo.
Por Rosa Peres